Igreja de Benguela

DESENVOLVIMENTO DA IDEIA DE DEUS, DA RELIGIOSIDADE E DA CONSCIÊNCIA MORAL

Da infância à adolescência

- um subsídio para catequistas -


Padre José de Jesús Suárez Arellano

Palavras Iniciais

Por vezes os pais, os responsáveis de educação, os catequistas e, em geral, todos os que nos dedicamos ao ensino religioso, encontramos difícil sabermos quê, como e quando ensinar uma coisa a uma criança ou a um adolescente. Algumas vezes queremos ensinar um conhecimento ou incutir um valor e parece que não somos percebidos; é quase como se falássemos uma outra língua. Não poucas vezes ficámos desanimados e tristes, sentindo, de alguma maneira, que fracassamos no nosso labor educativo.

Este pequeno fascículo pretende ajudar-te a reconheceres as diversas etapas de desenvolvimento psico-religioso nas crianças e nos adolescentes, até à entrada na juventude. Para, compreendendo-os melhor, podê-los acompanhar. Todos os adultos de hoje já passámos, ou devíamos ter passado, por estas etapas. Por isso mesmo algumas coisas deveriam ficar-nos claras desde o princípio:

Portanto, encontrarás algumas dicas, desde o ponto de vista da Psicologia Evolutiva, de como acompanhar os miúdos no seu crescimento religioso.

Limitar-emo-nos ao aspecto humano do desenvolvimento religioso da ideia de Deus, à prática religiosa conforme as diferentes idades e à formação da moralidade. Para este fim, observaremos as manifestações do psiquismo humano, na linha da busca de Deus, desde o nascimento até aos 17-18 anos, para conhecermos melhor o seu fundamento, o seu desenvolvimento e a sua organização.

Temos de saber que a representação que fazemos de Deus, a maneira como percebemos a religião e como desenvolvemos a consciência moral, está condicionada pelas diferentes formas de pensar e sentir que temos nas várias etapas do nosso crescimento e pelas influências da nossa família - especialmente dos adultos significativos - e da comunidade em que estamos inseridos. A criança e o adolescente não fogem à regra.

Para facilitar a compreensão desta caminhada, a dividiremos em três estádios: o fabuloso, o realista e o da individualização.

As idades que assinalamos para determinar estas etapas são relativas; são generalizações, podem variar de uma pessoa para outra e de uma cultura para outra. Contudo, parece que a ordem em que aparecem é universal. Ajudar-te-á imaginar sempre alguma criança ou adolescente concretos de cada idade explicada.

Oxalá encontres o que buscas, nestas páginas e que te ajudem a facilitar a tua missão!

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O estádio 'fabuloso'

Antes de mais temos de saber que a ideia de Deus não brota na criança por "geração espontânea", embora tenha grande predisposição para a religiosidade. Mas, para chegar até a vivência religiosa, falta uma longa evolução. O sentimento religioso não é inato na criança; para que ele surja precisa duma educação especial, isto é, a sua origem está ligada à experiência afectiva, pois a religião nasce da afectividade.

Dos 0 aos 3 anos a criança encontra-se num estádio "afectivo-ambiental"; portanto, a sua religiosidade e a sua ideia de Deus não são pessoais, senão ambientais, baseadas na ligação afectiva com a mãe (e depois com o pai) e são fruto da sua identificação com as atitudes religiosas deles. O sentimento religioso é compreendido e assimilado pela criança na medida que lhe explicam o significado dos actos religiosos em que participam. Além disso, através da bondade da mãe e da autoridade do pai, descobre, aos poucos, a origem duma bondade mais eficaz e duma autoridade mais poderosa.

O estádio fabuloso começa a partir do egocentrismo, pelos 2 anos e meio ou 3 anos. A ideia de Deus fica-se pelo plano do fantástico e do emotivo. A imagem de Deus é antropomórfica. Até os 3 anos imagina Deus como os seus pais, tem interesse por Ele e faz muitas perguntas ao seu respeito. Acha que é Todo-Poderoso, protector e omnisciente. Depois começa a pensar que é fantástico, no sentido de "fantasia". Ao mesmo tempo, pensa que é alguém que automaticamente premeia o bem e castiga o mal. Tem uma piedade "pre-mágica" e gosta de fazer oração alegre, "divertida".

Pelos 4 anos, Deus é já um ser 'fantástico', estilo 'conto de fadas', fascinante. É alguém que castiga os maus. É ambivalente, mas é capaz de experiências religiosas profundas e originais, adequadas a sua idade (com afectividade e fantasia). Manifesta uma piedade mágica e animista.

Pelos 5 anos, surge a distinção entre os seus pais e Deus, que se vai definindo como o Pai do Céu e com uma imagem mais universal. Podemos dizer que é a primeira desmitificação do pai e a primeira aclaração da imagem de Deus.

A passagem de relação afectiva com os pais para a relação pessoal com Deus pode dar-se:

Para uma criança desta idade Deus ainda não sai da esfera do homem. Não tem conceitos religiosos, mas, em contrapartida, a actividade afectiva e da fantasia é intensa. O antropomorfismo material quer imaginativo, quer afectivo, é a principal característica da sua religiosidade, que é:

 

 

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O estádio 'realista'

Neste período há uma adaptação da criança à religião institucional. Também começa a dar-se a espiritualização do conceito de Deus que começa a perceber-se como um ser imaterial. A sua representação deixa de ser antropomórfica e passa a ser na linha do simbolismo. Podemos dizer que é um antropomorfismo mitigado ou simbólico, onde a criança se serve dos símbolos da religião e do culto para idealizar Deus ou desenhá-l'O. A uma passagem do subjectivo para o objectivo.

A religiosidade pessoal ou o "sentimento religioso", em que se realizam actos religiosos conscientes – com actividade intelectual, afectiva e volitiva - só começam a partir dos 6-7 anos. Acontece só até esta idade já que a religião contém:

Estes elementos, que integram a religiosidade, só se conseguem a partir do "uso da razão".

Aos 7 anos, a sua oração e a participação nos sacramentos são feitas como ritual mágico (Pensa que se a oração não é eficaz é pela sua má conduta ou como castigo. Só a partir dos 11 anos se começa a mudar este tipo de pensamento, mais aos 14 ainda não desapareceu a mentalidade mágica). Já começa a ser socializada, já pede pelos outros, especialmente pelos amigos.

Dos 8 aos 11, existe uma fase que podemos chamar de "atributividade", pois a criança percebe a Deus só pelos seus atributos (qualidades) que aprende nas sessões da catequese. A saber:

Enriquece a sua linguagem religiosa e, uma vez que a esta idade o pensamento é concreto, quer saber onde está o céu, como se chega até lá, se Deus tem varinha mágica para fazer milagres, etc.

A religiosidade aparece mais rápido nas meninas e está mais marcada pela afectividade; nos rapazes desenvolve-se mais lentamente, mas sistematiza-se melhor.

Desenvolvimento da moral: Surge uma certa moral autónoma fruto duma responsabilidade subjectiva, pensa que um comportamento é bom se as intenções são boas. Inicialmente é formalista e legalista, depois intencional, só pelos 9 anos é que se chega à moral autónoma.

Por esta altura aparece-lhe o sentido da sua responsabilidade diante de Deus. É a idade da escolha, do primeiro sim ou não a Deus.

Noção de pecado: dos 6 anos e meio aos 8-9, é recomendável fazer a educação religiosa do pecado, pondo em relevo a atitude pessoal da criança em relação a Deus e ao amor que Ele tem por ela. E, já que nesta idade não há noção de graus morais (pecado mortal/grave e venial/leve), não se devem qualificar as suas faltas/pecados como graves ou mortais. Pelos 9 anos a criança começa a tornar-se responsável pelos seus actos e adquire o sentido da justiça. Começa também a distinguir que não é o castigo que determina a gravidade do pecado, senão a consciência. É nesta idade que, fruto da incipiente distinção entre si e o outro (como diferente de si), começa a ter um sentido daquilo que Deus é para nós e daquilo que nós somos para Ele.

A noção de pecado resulta na criança, do desenvolvimento da consciência moral, esta implica captar o sentido da liberdade, do que é voluntário e involuntário, da responsabilidade, do intencional e da culpa, da capacidade de optar e, só então, o pecado lhe pode ser imputado.

A noção da gravidade do pecado só é compreensível por volta dos 11 anos, quando compreende que para cometer um pecado se requer a intenção de fazer mal. É por esta idade que se sente culpada quando uma má acção sua prejudica a alguém.

No fim desta fase ou no princípio da pre-adolescência, pode dar-se também um certo cepticismo religioso, a criança que está deixando o fabuloso, já não acredita nalgumas narrativas bíblicas que lhe parecem pintadas de fantasia. A piedade e o sentimentalismo decaem. Prefere uma religião de acção; prefere as obras de caridade à oração, os sacrifícios duros à uma palestra, os exemplos heróicos às teorias.

Por outro lado, como admira os ídolos históricos pode apreciar os heróis bíblicos e alguns santos. A esta idade, portanto, convém contar as partes da Bíblia que contêm narrações de factos grandiosos e de homens e mulheres de grandes qualidades.

Pelo aumento da sua capacidade de socialização descobre que os membros de uma religião formam comunidade e sente desejos de pertencer-lhe, mas deve ser num clima "moderado", sem imposições de autoridade nem moralismos. A esta idade gosta de pertencer a alguns grupos, poder-se-ia aproveitar para organizar algumas actividades comunitárias: p. e. passear em grupo, retiros ao ar livre - tipo acampamento, campanhas de limpeza ou ecológicas…

3

Estádio da 'individualização'

(pré-adolescência 11/12/13 e adolescência 14/15-16/17)

Dado que os pré-adolescentes e adolescentes são pessoas em mutação acelerada, podemos encontrar neles uma grande variedade de atitudes e comportamentos diversos, além das acentuações dos casos particulares, também no que respeita ao desenvolvimento da sua religiosidade.

Nesta etapa a ideia de Deus deixa de ser algo difuso. Passa a ser Alguém com peso existencial na vida dos homens, e que é um ser espiritual. É um antropomorfismo espiritual. Poderíamos dizer que dos 12 aos 14 anos Ele é percebido como uma espécie de Deus da razão.

Na pré-adolescência (11-13)

Dá-se uma fase que podemos chamar de "personalização", pois o pré-adolescente, fruto do seu desenvolvimento intelectivo-afectivo, deseja descobrir a Deus como pessoa. Deus é Alguém espiritual e objectivo; Deus Senhor, Pai, Salvador, Amigo, Irmão ou Companheiro…

Todavia, tem-se um Deus dos rapazes e outro para as raparigas:

Passa a ser clara a moral autónoma. Por isso, o pre-adolescente busca emancipar-se da moral imposta, quer pela família, quer pelo meio. Não aceita leis de fora, sobretudo dos adultos. Quer decidir por si o que está bem ou mal. Contudo, predomina nele uma moralidade chamada "do bom menino", já que parece considerar bom aquilo que agrada e é aprovado pelos seus pares (e quando os seus amigos não são "bons"?). Por outro lado, há claras referências às intenções.

Quanto à sua conduta religiosa, podemos dizer que, em geral, prefere uma religião individual ou de pequeno grupo de amigos. Este é um tempo oportuno para as escolhas vocacionais, pois Deus aparece como o "Defensor" dos imperativos morais e como "Alguém que vale a pena seguir". Não gosta de orações feitas, diz querer coisas mais "espirituais", mas a sua oração é mais pedido de socorro, súplica interesseira e arrependimento.

Há um ponto que parece muito interessante: dado que, nesta altura, deseja tornar-se dono de "forças misteriosas" e que tem tendência a perceber os ritos como algo mágico, então procura realizar acções sagradas fiel e repetidamente; poderíamos dizer que esta quase possesso por um "ritualismo mágico".

Nesta idade é percebido como pecado aquilo que está proibido e a sua gravidade parece depender da gravidade da proibição e da severidade da admoestação. Neste campo são as faltas de índole sexual que mais lhes preocupam, pois são também as mais frequentes. Neste sentido a confissão funciona mais como um "tranquilizador", ou como rito mágico de purificação, do que como uma oportunidade de manifestar desejos de conversão ou de proximidade com Deus.

A comunhão também é entendida como um rito mágico; comunga mais para eliminar mal-estar, adquirir bem-estar e para obter segurança pessoal, do que para se encontrar com Cristo ou estar em comunhão com os outros.

Pelos 13 anos pode dar-se um rompimento (e/ou abandono) com a prática religiosa, fruto da imitação dos adultos, especialmente da família, que também não pratica, ou resultado da sua "crise de independência" e da sua luta contra a autoridade.

Na adolescência (14-17)

Deus converte-se para o/a adolescente na "utopia do eu". Partindo de motivações pessoais e usando a sua imaginação, projecta em Deus as perfeições que gostaria de possuir. Isto leva-o a uma relação pessoal com Deus.

Dá-se aqui uma fase que poderíamos chamar de "interiorização", pois como está a identificar a Deus com um "eu ideal", imagina um Deus que responda aos seus desejos e/ou necessidades. Podemos ainda descobrir três sub-fases:

O que marca profundamente a religiosidade do adolescente nesta fase é o desenvolvimento do seu pensamento e da sua inteligência, a crise de independência, a descoberta da intimidade pessoal, o despertar da amizade, a culpabilidade unida aos impulsos sexuais… E junto com estes elementos está profundamente dependente da sua emotividade (no que se refere à sensibilidade) e da afectividade (no que se refere à inclinação para o outro).

Para o adolescente tudo o que vem do meio é submetido a uma reflexão crítica para o fazer aquisição pessoal. Isto acontece também com a fé, não podemos dizer que se dá uma perda da fé, é apenas uma perda da segurança e das formas exteriores da fé.

É nesta linha que, recusando a religião oficial (sobretudo quando foi e continua a ser marcado/a por uma autoridade paterno/materna que lhe bloqueia e nega o direito da emancipação), e baseado em motivações pessoais, faz a sua própria religião pessoal, personalizada, marcada pela interioridade e por um certo misticismo, devido à sensação dum vazio afectivo que suporta e que, para eliminá-lo, busca em Deus uma "força" e uma segurança. Para ela Deus está em relação com o seu "eu" individual, comprometido individualmente com ele, pode amá-lo e ajudá-lo nas dificuldade de relacionamento social e afectivo, sem nunca falhar. Deus é, ou deve ser, o vencedor dos combates contra as tentações, especialmente de impureza…

Levam muitas vezes uma luta interna entre o "espiritual" (Deus) e o "carnal" (sexo), pelos 15 anos, em plena "crise sexual", esta leva-os a várias respostas:

Geralmente, a catequese, o ensino religioso e a pregação lhe parecem longe da vida e dos seus problemas concretos, tais como: as amizades, o sexo, o matrimónio, as diversões, o prazer pessoal, a oração, o sofrimento, as relações familiares, os valores da adolescência e até, muitas vezes, da própria Bíblia.

Há também alguns adolescentes que acham que a religião é um sério problema e um travão para o seu próprio desenvolvimento. Outros afirmam que ela deturpa a consciência, levando-a a constantemente os acusar de pecado. Como reacção de defesa, deixam de praticar.

Quanto à moral, o adolescente entra numa crise que poderíamos qualificar como "autonomia racional"; por uma parte busca motivação racional para todos os seus comportamentos, e por outra começa a reconhecer uma genuína ordem moral, por isso apela à autoridade - a Lei, o Estado, o Ser Supremo. Acha que deve cumprir o dever e então cai numa religião moralista - que tem por base a moral e não a fé, mas também rejeita uma "moral normativa" e, se ela lhe aparece, adopta atitudes contestatárias: não à Missa, não à Confissão, não à Comunhão, não à abstinência, etc.

Pode ter uma assídua participação nos sacramentos motivada pelos problemas morais e a busca de resoluções dos mesmos, pois, lembremo-nos, que o adolescente põe Deus ao serviço da realização do seu "Eu" ideal.

Tem também, frequentemente, melancolia indefinida. P. e., fica fechado/a no seu quarto e/ou no seu mutismo, com ar triste… Também, por vezes, tem sentimentos de culpabilidade resultantes de uma educação e de uma meio social bastante moralista e puritano, que qualifica de pecado grave comportamentos que psicologicamente não podem ser considerados nem como anormais, nem necessariamente pecaminosos. Especialmente no campo sexual. De modo que para um adolescente educado assim, fora do sexo não há outro pecado. O crescimento, também o crescimento sexual, não parece fácil para ninguém.

Também nesta etapa, como em todas as outras da vida, ajudar-lhe-ia a compreensão e o carinhoso acompanhamento de alguém capaz de comunicar-lhe o seu amor incondicional e que lhe ajude a não ficar estagnado, senão a manter-se em marcha… Seria tão bom que esta pessoa, capaz de lhe amar e aceitar incondicionalmente, fosses Tu!

 

 

 

Palavras Finais

Por enquanto quedamo-nos aqui no nosso périplo pela maravilhosa manhã da vida e o desabrochar da religiosidade. Assistimos àqueles instantes em que a religião é puro afecto; àqueles outros em que sonhamos despertos 'fabulosamente' com fantasias onde os anjos, os santos e Deus são os nossos protectores; percorremos os momentos em que a criança já começa a sentir-se responsável pelas suas acções e pela sua vida duma maneira 'realista', enriquecendo a sua afectividade com conceitos; também mergulhamos rapidamente nos acidentados dias da 'individualização', quando lutamos penosamente, na pré-adolescência e na adolescência, entre Deus e os demónios do crescimento afectivo e sexual…

Vale a pena comentarmos que há pessoas que infelizmente, por alguma razão, ficam paralisadas a certa altura do seu desenvolvimento; nunca, no decurso da sua vida, podem superar alguma das etapas. Algumas buscam só as práticas religiosas agradáveis; outras nunca deixam de ter pensamento mágico e buscam sempre manipular Deus e as forças do Além em seu favor, defesa e/ou benefício; algumas outras nunca assumem a responsabilidade dos seus actos… Como pudemos ver, muitas vezes as falhas na vivência da religião são impasses não superados no campo do desenvolvimento psicológico, afectivo e/ou relacional. A solução, portanto, não virá das penitências ou da repetição de orações, mas dum bom acompanhamento psico-espiritual.

Neste fascículo chegamos só até o fim da adolescência. Antigamente pensava-se que só a criança e o adolescente tinham crises no seu desenvolvimento, hoje sabemos - pela teoria e pela própria experiência – que nós os jovens e adultos as temos também. Por enquanto, para a caminhada depois dos 18 anos, adiantamos que a percepção que se tenha de Deus, e as suas implicações na vida pessoal e social, vai depender do interesse e da abertura do indivíduo para a busca da verdade acerca d'Ele, para a experiência religiosa e para o seu próprio amadurecimento humano em cada uma das novas etapas da vida.

 

 

José de Jesús Suárez Arellano:

Contactos: arquidiocese.lubango@netangola.com ou jesuarellano@hotmail.com



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ultima revisão deste pagina 12 de Novembro 2001